domingo, 27 de dezembro de 2009

Biscoitos de nata

A receita desse biscoito de nata também está no Quitandas de Minas, receitas de família e histórias e tem a facilidade de poder substituir a nata pelo creme de leite, que você encontra facilmente em qualquer quitanda (lembrando a outra concepção do termo, claro) supermercado, vendinha, armazém ...

A foto é do Pacelli Ribeiro.

1 xícara de nata (ou creme de leite sem soro)
1 xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
4 xícaras de polvilho doce
1 ovo
1 pitada de sal

E fazer é facílimo: Misturar tudo muito bem, fazer bolinhas, achatando-as, com um garfo. Colocar num tabuleiro untado, e levar para assar em forno médio. Depois é só comer... Bom para acompanhar um café feito na hora... hum... com esse tempo chuvoso...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Doce de figo na minha mãe

Atualmente, chega dezembro, minha mãe trata de arrumar, pela vizinhança, figos para fazer doce. No tempo em que eu trabalhava no cartório, havia uma figueira lá em casa que produzia muito.
Então ela tratava sempre de preparar os doces: levava dias, porque ia fazendo aos poucos. Pedia papai para apanhar - a figueira crescia em cima do telhado da garagem - Depois tinha o processo de limpar, fazer a calda, deixar cozinhar...

Depois ela preparava compoteira e vidros esterelizados e levava de presente para os juízes e promotores que serviram em Congonhas.

Até hoje o Dr. Sálvio de Figueiredo Teixeira, ministro do Superior Tribunal de Justiça e grande amigo da minha mãe, ainda ganha uns potes, especialmente preparados. E ele diz que é o néctar dos deuses. Talvez seja exagero dele, mas que esse doce é inesquecível, não há dúvidas.


Minha mãe faz tudo sem medidas, porque depende da quantidade de figos que ela tem, mas não há dúvida: é uma dádiva.

Os ingredientes são só o figo verde, o açúcar e água.

O processo é assim:

Limpar o figo com sal grosso, colocando-os aos poucos, num saco de pano ou plástico (desses de açúcar ou arroz) esfregando-os um a um. Tirar os figos do saco, fazer um corte raso no umbigo (esse corte é só para facilitar a entrada da calda no figo durante o cozimento) e jogá-los numa bacia com água. No caso de mancha mais forte, rapar com uma faca cuidadosamente. Colocar num tacho de cobre, coberto com um pano e levar
para cozinhar. Deixar um pouco, num dia, tirar do fogo e reservar.
Na manhã do outro dia, trocar a água e terminar de cozinhar (até ficar macio, porém, sem quebrar). Fazer uma calda rala, colocar os figos e deixar ferver por um tempo. Tirar do fogo, cobrir e, no outro dia, levar novamente ao fogo. Não deixar a calda engrossar, acrescentando um pouco de água ou mesmo calda, se necessário. Cozinhar até os figos ficarem brilhantes e doces.

Que seu Natal seja doce, mas sem comilança. Seja de paz e fraternidade. Curta todos intensamente!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Biscoito de Nata da Vanja


A Vanja é minha amiga de Ouro Preto já faz um tempão. Enquanto fazia seu doutorado na UFMG passou uns tempos meio que morando na minha casa. Vinha uns dias na semana, dormia aqui, voltava pra Ouro Preto: trabalhava na UFOP e ainda dava conta da casa, dos filhos e do marido. A considero uma figura especial, super batalhadora.

Naquela época, eu acabara de lançar o Em busca de Cerejas, nas trilhas de Santiago de Compostela. A gente conversava muito e ela insistia para eu escrever um outro livro. Seria um romance bastante feminino, muito cômico, pelas características dos personagens envolvidos e das cenas propriamente ditas - esse nunca saiu, apesar de ter muito material guardado. Não sei se vai sair, mas pode ser. Sempre que a gente encontra, a Vanja me pede pra ler os rascunhos...


Meu segundo livro acabou virando o Quitandas de Minas, receitas de família e história, que deu origem a esse blog. E a Vanja fez questão de participar me emprestando vários de seus livros e cadernos de receitas. Esse biscoito de nata estava em um desses cadernos e é bem simples de fazer.

Biscoito de nata, da Vanja

800 g de maisena
1 lata de leite condensado
1 copo de nata
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 ou 3 ovos
Para fazer é bem simples:
Misturar todos os ingredientes, cuidadando de colocar a maisena aos poucos até o ponto de enrolar. Enrolados, colocar num tabuleiro untado e levar para assar em forno moderado. A recomendação é que não deve deixar corar.
Valeu Vanja!!


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domingo, 13 de dezembro de 2009

Do leite à nata

Então... desde sempre, o leite é o primeiro alimento dos mamíferos. É interessante observar a variedade e as possibilidades gastronômicas a partir desse versátil alimento. Usado de três maneiras diferentes: como bebida pronta, como matéria-prima de outras iguarias e como ingrediente de inúmeras outras preparações, na culinária mineira, o leite fez e faz história.

Ao longo dos tempos, a busca para conservação e aproveitamento do leite fez surgir inúmeros produtos que se estabeleceram como categorias próprias: a coalhada, a manteiga, queijo, o iogurte.

O primeiro método de conservação do leite foi a acidificação, que deu origem à conhecida coalhada, precursora dos iogurtes. Mais tarde, vieram os cremes e a manteiga. Em seguida, a produção do leite concentrado e do leite condensado.

A manteiga nada mais é do que a gordura que se forma à superfície do leite obtido pela separação mecânica da nata do leite. No leite fresco em repouso, a porção gorda, mais leve que a água, forma uma camada de nata à superfície, o que equivale a 30% da gordura do leite. Da nata faz-se também o creme chantilli, misturando açúcar e batendo bastante.

Industrialmente a nata é extraída por centrifugação e depois tratada termicamente para se conservar mais tempo. Rica em proteínas e gorduras, a nata separada preserva alguns nutrientes do leite, como cálcio e vitaminas A e D, fundamentais na formação dos ossos, transporte de oxigênio no sangue e até na cicatrização, além de sais minerais. .
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Broinha de Nata


Depois do creme de cenoura... lembrei que creme vem de leite, do leite se faz queijo, manteiga, iogurte... e posso dizer que lá em casa ainda é assim:

De vez em quando, compram leite direto do produtor, que entrega na porta. É sempre de gente conhecida, que moram por ali perto, têm umas 6 vaquinhas no máximo; gente que faz um queijinho esperto e quando sobra leite, leva pra cidade de camionhete, nuns "latões de plástico".

Quando eu era criança era desse jeito mesmo, só que vinham de porta em porta a cavalo, ou com um jeguinho manso, as latas - latas mesmo- penduradas lado a lado. Tempos mudaram, hoje vêm motorizados, mas o leite parece igual. É aquele saído direto da vaca, gordo, cheio de nata, nada de formal (ai ai ai ), nada de leite de caixinha.

Quando ajunta um tanto de nata, tia Imene faz umas broinhas de nata, que são deliciosas e muito fáceis de fazer. Essa receita ela ganhou da amiga Meire, faz tempos, e no Quitandas de Minas, ela fez questão que eu colocasse que a receita é da Meire. Na verdade é mesmo, mas a tia Imene faz super bem, pra acompanhar um café feito na hora é delicioso. Segue a receita:


Broinha de nata

1 xícara de nata

1 colher (sopa) de manteiga

7 colheres (sopa) de açúcar

1 colher (sopa) de fermento em pó

1 ovo

1 pitada de sal

14 colheres (sopa) de farinha de trigo.

E fazer é fácil, fácil: Misturar tudo e enrolar como pãezinhos. Assar em tabuleiro untado, em forno médio, até dourar. Depois, guarde umas pra mim, pr'eu saber que você fez direitinho, tá.

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ah, eu volto falando mais de leites, natas e queijo


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Creme de cenouras

A cenoura é uma hortaliça da família Apiaceae, do grupo das raízes tuberosas, originária do Afeganistão e, se alastrou fácil pela Europa e Ásia. Apresenta uma textura macia e paladar agradável. Podemos comê-la crua, ao natural ou como parte de saladas. Pode ser processada (mini-cenouras, picles, cubos, ralada, em rodelas) ou aproveitada na forma de seleta de legumes, alimentos infantis, sopas, sucos, bolos, cremes, purês, suflês, doces, assada, refogada, como a imaginação do cozinheiro permitir.

A parte folhosa quase nunca é comida, mas é sim comestível e muito saudável.


A safra da cenoura é longa: de julho a janeiro e ela é tão nutritiva que se recomenda que faça parte do cardápio, pelo menos três vezes por semana.

Na hora da compra, devem-se escolher cenouras lisas, firmes, com cor uniforme e sem irregularidades ou rugas. “Dona” cenoura se conserva por longo tempo e, em geladeira, pode permanecer em boas condições por 1 a 2 semanas, se guardada sem as folhas.

Recomenda-se não descascar as cenouras na hora do preparo. Basta raspar, ou passar uma escovinha com força. No cozimento, é preferível deixá-la crocante, para que ela não perca o sabor e os nutrientes.Uma recomendação dos nutricionistas é que em sucos, de evitar prepará-la com frutas cítricas (laranja, limão e tangerina) porque o ácido dessas frutas, destrói a vitamina A da cenoura.

Creme de Cenoura


1 xícara de cenouras cozidas
1/2 de xícara de creme de leite sem soro
2 xícaras de caldo de carne
1 colher (chá) de manteiga
1/4 de xícara de cheiro verde
1 colher (café) de noz-moscada
1 dente de alho.

Cozinhe e amasse as cenouras. Numa panela, doure o alho na manteiga. Junte o caldo de carne (ou legumes) e misture as cenouras e a noz-moscada. Deixe ferver um pouquinho. Quando ferver, desligue o fogo, acrescente o creme de leite, e salpique com o cheiro verde, misturando bem. Salpique queijo ralado e sirva acompanhando arroz branco.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Bolo de cenoura com banana

Como eu já disse, o bolo de cenoura tem uma "fórmula simples" mas aceita variações, muitas. A cozinha, como já disse a Márcia Frazão, bruxa respeitada e querida, é um laboratório de amor e alquimia. Então, aqui vai mais uma para você testar. Outras você pode inventar, criar... Ai, depois de testada, você manda pra mim, como já fez algumas amigas, pode ser....


Bolo de cenoura com banana

1 colher (sopa) de fermento em pó
2 xícara de farinha de trigo
2 xícara de açúcar
1 xícara de oléo
3 bananas de sua preferência
3 cenouras grandes
Canela em pó
4 ovos

Cobertura de chocolate:
1 xícara de achocolatado ou chocolate em pó
½ xícara de açúcar
1 colher (sopa) de margarina
1 e ½xícara de leite

O jeito de fazer segue o mesmo princípio básico:

No liquidificador, bater as cenouras, o açúcar, o óleo e os ovos. Colocar a farinha e o fermento em uma tigela e adicionar a massa do liquidificador. Uuntar e enfarinhar a forma ou tabuleiro. Colocar a metade da massa, acrscentar as bananas cortadas bem finas em rodelas ou de cumprido. Polvilhar com canela e colocar a outra metade da massa. levar para assar em forno preaquecido por aproximadamente 40 minutos.

Depois é só cortar e colocar a cobertura de chocolate, se você quiser.

É tudo de bom da cenoura, da banana e ainda acompanhado de uma boa prosa à beira de um fogão a lenha.... hum.... você pode me chamar que eu vou, pra "jogar" um pouco de conversa fora... bem mineirim messss...

sábado, 21 de novembro de 2009

Bolo de cenoura

Bolo de cenoura

esse bolo é bem simples, tem em quase todos os cadernos de receitas da família e, claro, também está no Quitandas de Minas, receitas de família e histórias

3 cenouras médias raspadas e picadas
1 xícara de óleo
2 xícaras de açúcar
3 ovos
1 colher (sopa) de fermento em pó
1 pitada de sal
2 xícaras de farinha de trigo

Para cobertura:

5 colheres (sopa) de chocolate em pó
6 colheres (sopa) de açúcar
2 colheres (sopa) de manteiga
1 xícara de leite

Modo de preparar:

Bater no liquidificador as cenouras, o óleo, o açúcar, os ovos, o fermento e o sal. Bater bem. Despejar numa vasilha acrescentando a farinha de trigo aos poucos. Bater com uma colher de pau até formar bolhas. Untar uma forma e assar em forno preaquecido quente até que enfiando o palito ele saia limpo.


para a cobertura:
Leve ao fogo os ingredientes para engrossar. Corte o bolo em quadrados e regue ainda quente com a cobertura. Depois é só servir.
É ótimo para acompanhar o café, um chá... hum.. delícia!

A criançada adora!

domingo, 15 de novembro de 2009

Rosca de cenouras

Não sei se você sabia, mas a cenoura contribui para aumentar a imunidade do nosso organismo combatendo as infecções. E porque tem fibra solúvel, "dona cenoura" contribui para diminuir o colesterol no sangue, minimizando riscos de derrames, promovendo o equilíbrio do corpo.

Cem gramas de cenoura são suficientes para suprir as necessidades diárias de vitamina A.

Um recadinho para quem cozinha: nunca se deve descascar a cenoura, porque é justamente a casca sua parte mais nutritiva.

Crua, ralada e bem lavada, "dona" cenoura limpa os dentes e desenvolve os músculos mastigadores; seu suco ou caldo concentrado, adicionado ao mel é ótimo para curar bronquite; é indispensável para gestantes e lactantes, pois melhora e aumenta o volume sanguíneo que, consequentemente, aumenta e melhora a produção do leite.


De todas as mil e uma maneiras que podemos consumir a cenoura, deixo aqui uma das receitas que você encontra também no Quitandas de Minas, receitas de família e história, livro que deu origem a esse blog e que pode ser encontrado nas boas livrarias da sua cidade. Também pela internet, claro.


Essa receita foi-me dada pela Tia Ana Rita, que também preparou essa rosca para ser fotografada pelo Pacelli Ribeiro, que fez todas as fotos do livro.

Rosca de cenoura

2 cenouras grandes

3 ovos

1 colher de manteiga

1 colher de óleo

1 e ½ xícara de açúcar

100 g de fermento biológico

1 copo de leite morno

1 pitada de sal

Para fazer é super simples, como quase todas as receitas desse livro. Primeiro, bater bastante, os ingredientes no liquidificador. Despejar numa vasilha, acrescentando farinha de trigo e mexer com as mãos, sovando, até desprender das mãos. Deixar crescer. Fazer as roscas e deixar crescer novamente. Levar para assar em forno médio.

Se você fizer, me avise. Vou querer saber se você aprovou!

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Cenouras

Como me esbaldei com as jabuticabas esse ano! Uau! Ano que vem tem mais!

Então, me dedico agora a um dos alimentos mais presentes na nossa mesa. A criançada adora porque ela é colorida, gostosa, versátil, nutritiva e muito mais. Com prazer, apresento a "senhora cenoura"!

Originalmente, as cenouras (Daucus carota), apareciam com cores púrpura, branca e amarela e já eram apreciadas desde a antiguidade, por afegãos, gregos e romanos - cultivadas na região do Mar Mediterrâneo e usadas como planta medicinal. A cenoura laranja, como conhecemos, foi desenvolvida na Holanda, no século XVI, como tributo a Guilherme I de Orange durante a luta de independência da Espanha. Pelos povos de raça indo-germânica é conhecida como mel subterrâneo.

Campeã em vitamina A, "dona" cenoura é rica em betacaroteno, substância responsável pela coloração alaranjada e por manter o bom estado da pele, ossos, cabelos e mucosas. O betacaroteno ajuda o desempenho dos receptores da retina, melhorando a visão e é poderoso antioxidante e anticancerígeno. Além dessa substância, a cenoura contém muitos sais minerais, como fósforo, cloro, potássio, cálcio e sódio, necessários ao bom equilíbrio do organismo; e vitaminas do Complexo B, que ajudam a regular o sistema nervoso e a função do aparelho digestivo.

A cenoura funciona como laxante, sendo que seu suco combate a prisão de ventre, favorece o bom funcionamento do fígado, purifica a bile, ajuda na cura da icterícia. É também um bom remédio para as enfermidades dos brônquios e pulmões.

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Volto falando mais da nossa querida "dona" cenoura!

quarta-feira, 4 de novembro de 2009



...e para fechar meus post sobre a pretinha mais amada do quintal, deixo um fragmento do Reinações de Narizinho, de Monteiro Lobato. Ambos, representantes puros e legítimos da minha infância:

" No sítio de dona Benta havia vários pés, mas bastava um para que todos se regalassem até enjoar. Justamente naquela semana as jabuticabas tinham chegado "ao ponto" e a menina não fazia outra coisa senão chupar jabuticabas. Volta e meia trepava à árvore, que nem uma macaquinha. Escolhia as mais bonitas, punha-as entre os dentes e tloc! E depois do tloc, uma engolidinha do caldo e pluf! – caroço fora. E tloc, pluf – tloc, pluf, lá passava o dia inteiro na árvore.

As jabuticabas tinham outros fregueses além da menina. Um deles era um leitão muito guloso, que recebera o nome de Rabicó. Assim que via Narizinho trepar à árvore, Rabicó vinha correndo postar-se embaixo à espera dos caroços. Cada vez que soava lá em cima um tloc! seguido de um pluf! ouvia-se cá embaixo um nhoc! do leitão abocanhando qualquer coisa. E a música da jabuticabeira era assim: tloc! pluf! nhoc! – tloc! pluf! nhoc! …"

Monteiro Lobato. Reinações de Narizinho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1973. p.26

reprodução da capa da 1ª edição do Reinações de Narizinho. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1931.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A jabuticaba na MPB

Não só saboreada in natura, geleia, bolos, licores, bombons, vinhos ou molhos, a pretinha também é inspiração para a música que conta com o talento de Bebel Gilberto e a letra de Carlinhos Brown.

Tai também pra encantar também aos ouvidos:



If I could name
A fruit for you
It would be jabuticaba
Blue, black and small
On the outside
And soft and sweet within

My favourite memory
Was under that tree
That's been there since
I was three
Now I would like to
Sing for you
My jabuticaba song

Isn't she lovely
Like purple rain
Walking on sunshine with you
(over the rainbow)
Quiet nights, quiet stars
It's summertime
Quiet nights, quiet stars and you

If I could name
A tree for you
It would be
Jabuticaba
Under the shade
Of the cool green leaves
It all comes back to me

So when that taste
Reminds you
You know just where
To find me
And now I would like to sing for you
My jabuticaba song
Jabuticaba tree
Jabuticaba song

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

tapioca com geleia de jabuticaba, sim sinhô!


... depois de geleia, licor, bolo, eu já achando que já
tinha aprontado tudo das jabuticabas disponíveis desse ano: as de casa e as ganhadas de presente da Rita da Glória; do Festival da Jabuticaba de Sabará... feito um bom estoque e até poder dar algumas geleias de presente, sai de férias, uma semaninha só, mas suficiente.

na foto: a goma da tapioca, a geleia e as tapiocas. A mais amarelinha é com queijo.

... e fui curtir o sol, o mar e aquele céu dos meus sonhos no Arraial d'Ajuda. E lá, no lugar de sempre, na esquina da Praça S. Brás, que dá de frente para a "Broduei", encontrei o Luciano, que é pernambucano de origem tanto quanto a tapioca, com sua banquinha de tapiocas e aquela calma que lhe é peculiar.

Como sempre comi muitas tapiocas por lá, conversei muito fiado, já que dedos de prosas não pagam impostos, e acabei trazendo pra casa dois litros de tapioca. Sim, a goma da tapioca, branquinha, que como você sabe, é descendente da mandioca. O litro é a medida que usam para vender a goma e trouxe dois: como o Luciano me disse, na medida certa de sal e já molhadinha para fazer a gostosura da maneira mais simples: coloca essa goma peneirada numa frigideira já quente. Espere um pouco e coloque o recheiro que quiser: manteiga, queijo, banana, aveia, mel, leite condensado; tomate, queijo e orégano, se quiser com "sabor de pizza". Ai é só dobrar e servir. Ou comer, com cuidado, porque fica muito quente.


Pois é, tapioca com geleia de jabuticaba. Provei e aprovei!






quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Festival de Jabuticaba de Sabará - 24 e 25 de outubro

O Festival da Jabuticaba de Sabará acontece mais cedo esse ano. Será no próximo fim de semana, dias 24-sábado- e 25- domingo- de outubro das 10 às 18 horas. Normalmente acontece no mês de novembro, mas esse ano, devido ao adiantamento do período das chuvas, as frutas se anteciparam e já estão no ponto.

A festa, em 2009, acontece na Praça de Esportes de Sabará, no Centro Histórico, com vendas de geleias, bombons, licores, doces. Para quem quiser a fruta in natura, só será possível no domingo, já que a procura é sempre muito maior que a oferta.

Para mais e outras informações, fale diretamente em sabará, na Central de Atendimento ao Turista: (31)3671-4044 ou 3671-4278.

Sabará está a apenas 24 Km de Belo Horizonte!






domingo, 18 de outubro de 2009

Bolo de Jabuticaba

Lá em casa (que é a casa da minha avó, onde cresci) as jabuticabas já estão no fim, e não pude deixar que os passarinhos, as maritacas e os miquinhos que vivem soltos no quintal da minha infância ficassem com tudo. Precisava experimentar uma nova receita de bolo de jabuticabas que descobri.

Então, nem bem chegou sexta-feira já fui pra terrinha e tratei logo de apanhar as últimas jabuticabas do quintal. E já estavam bem poucas. Acabei indo parar na jabuticabeira da Tia Bi, no quintal ao lado, e consegui jabuticabas suficientes para fazer dois bolos: um, muito gulosa, eu trouxe para BH; o outro dividi com as tias: Áurea, Imene e minha mãe. Encontrei Tia Áurea às voltas com uma tachada de geleias. Ela também guarda geleias de jabuticabas para o ano inteiro, mas sempre acaba antes. Raquel, minha irmã, que inventa sempre receitinhas novas na casa da minha mãe elogiou a novidade. E a Tia Imene, que me deixa fazer e testar todas as receitas na sua cozinha ainda dividiu com os que vão lá tomar do melhor café da família. A receita que fiz, foi essa. Fiz dobrada, que deu dois bolos.

Bolo de jabuticaba

2 xícaras de jabuticabas

1 xícara de óleo,

1 xícara de açúcar,

3 ovos,

2 xícaras de farinha de trigo,

1 colher (sopa) de fermento em pó

E fazer é simplíssimo: Primeiro, coloquei as jabuticabas lavadas no liquidificador. Juntei os ovos, óleo, o açúcar e bati bastante. Enquanto batiam, coloquei numa tigela a farinha de trigo (usei integral) com o fermento e misturei muito, batendo mesmo. Enquanto isso Tia Imene untou as duas formas de bolo (usamos o tamanho médio, daquela forma para pão integral).
Despejei nas formas, coloquei no forno, já quente e demorou quase uma hora pra ficar no ponto. O ponto, descobri, enfiando um palito de madeira. Tem que ter certo cuidado pra assar sem queimar, porque a jabuticaba faz ficar meio molhadinho e engana no teste do palito. Esperamos esfriar e ai foi só aprovar.
Com tantas qualidades já sabidas, não dá pra perder nada dessa pretinha, não é mesmo?
Próxima safra, juro que faço mais bolos e congelo! É muito bom mesmo!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O licor de jabuticabas - passo a passo

O licor de Jabuticabas passo a passo



Essa receita é a da Lalá do Ademar, Fazenda da Bonança, que fica lá pro lado de Juiz de Fora, Goianá, onde nasceu minha vovó Naná. No caderno da vovó, de onde copiei, a receita estava datada: 1920 e a notação: “muito bom”.


Nessa época minha avó Naná devia estar fazendo seu primeiro ano do curso para se formar professora e, claro, se preparando para casar.


Sei lá, fazendo aqui as contas, com meus botões, ela demorou bem uns 11 anos para se casar com meu avô. De qualquer forma, naquela época, anotar receitas e manter a tradição era mais de moda que hoje. Não havia essa mentalidade de renovar tudo periodicamente. As coisas duravam muito mais e o tempo era outro.

O passo a passo:


- apanhar as jabuticabas no pé mais próximo. Quanto mais maduras estiverem, melhor fica o licor.

- lavar em água abundante
- lavar um pote de vidro de boca larga.



- medir:
1 litro de jabuticabas
1 copo de cachaça ou álcool de cereais
800 g de açúcar
1 litro de água fervendo


Modo de fazer:

- Colocar as jabuticabas no vidro.
- Medir numa balança o açúcar e colocar em cima das jabuticabas
- Colocar o álcool ou cachaça.
- Por último, a água fervente.

Esperar esfriar, tampar e guardar em um lugar escuro e calmo.

(repara nas fotos como fica lindo!!)

Deixar descansar por uns 30 dias ou mais. Ai é só coar ou filtrar em papel filtro ou algodão e engarrafar. (cada pote da foto é uma receita)

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Sabará


Outro dia fui passar em Sabará com a Elizinha, minha amiga sabarense, maquiadora e cabelereira de muita celebridade da TV e do cinema nacional.

Sabará fica aqui do lado de BH, bem ali, como gostamos de dizer, apenas 24 km, com estrada beirando o Rio das Velhas. É uma das cidades históricas mais ricas de tradição e mineiridades: hospitalidade as comidas mais típicas ali não faltam. Só pra ter ideia, é lá que acontece o Festival do Ora-pro-nobis, (em maio), o Festival da Jabuticaba (em novembro ou dezembro, dependendo dos caprichos da pretinha), além dos festivais da cachaça, do pastel, do caldo e da banana.



Fundada pelo bandeirante Borba Gato em 1674, que era genro de Fernão Dias, é cortada pelo Rio das Velhas e faz parte do Circuito do Ouro, cresceu e se desenvolveu a partir da cobiça do ouro.



Mineiríssima, Sabará abriga o segundo teatro mais antigo do Brasil, tem várias igrejas e capelas decoradas pelos mestres do barroco e casarões da era colonial bastante preservados. Hoje a economia está baseada ainda na extração do ouro e do ferro e também no artesanato: rendas turca e de bicos, bordados variados são encontrados facilmente.


E foi lá na casa da Marta que encontrei esse fogão da foto. Marta é cozinheira de mão cheia e tem a casa sempre aberta aos vistantes.

No blog do Marcelo Duarte, o curiosíssimo, você fica sabendo que em Sabará podem-se alugar pés de jabuticaba. Olha lá:

http://colunistas.ig.com.br/curioso/2009/09/02/como-alugar-uma-jabuticabeira/


Esse texto é desse ano (02/09/2009) mas para a gente daqui, alugar pés de jabuticaba em Sabará, não é nenhuma novidade. Aliás, é programa da mineirada da região faz tempo!



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Volto com mais da jabuticaba: belas imagens do licor que estou fazendo e todo o passo a passo.




domingo, 4 de outubro de 2009

Geleia de jabuticaba

Cada dia me pego mais "enlouquecida" com a jabuticaba, para chupar (sempre no pé, e de preferência, lá nas grimpas) e para fazer geleia e licor.

Acho que estou virando especialista, será que me falta modéstia?

Mas se poucos estudos existem sobre as propriedades dessa mais brasileira das frutas, a intuição sempre falou mais alto (intuição, instinto ou dádiva da natureza que a fez tão saborosa e suculenta atraindo gentes e bichos de todas as espécies). A pesquisa sobre a antocianina, a grande aliada das nossas artérias, encontrada na jabuticaba, é praticamente recente. A jabuticaba é também rica em pectina, que é a propriedade gelatinosa, capaz de derrubar as altas taxas do colesterol, por isso é tão fácil fazer geleias.

A geleia, passo a passo:
- apanhadas, as jabuticabas devem ser lavadas em água corrente. Se tem muitos ciscos, lave-as duas vezes. Faço tudo numa mesma sequência, já que a jabu é tão delicada que logo logo já começa a se deteriorar (ou fermentar), por isso, se você não for chupar na hora, ou não for fazer alguma coisa, guarde-a do jeito que está, sem lavar nem nada. Na geladeira ela dura poucos dias.

- Coloque-as no tacho de cobre. O tacho deve ter sido lavado e limpo com limão ou vinagre para tirar todo o azinhavre, ou como falamos em casa, simplesmente: zinabre, que é o processo de oxidação do cobre.

- Acrescente um pouco de água e deixe-as ferver ao fogo. Elas vão espumar, estourar (veja a foto ao lado) e produzir um suco.

- para ver se já apuraram suficiente, pegue algumas com a espumadeira e repare se esvaziam quando retirada do fogo. Se todas já estiverem assim, coe-as separando a casca do caldo.

Com a casca você pode fazer bolo, suco ou aproveitar de outra forma. O caldo é para fazer a geleia.

- Meça o volume de caldo apurado. Para cada quantidade de suco use metade do volume de açúcar. Volte com esse caldo para o tacho e coloque o açúcar, sabendo que a quantidade é exatamente a metade do volume do caldo. Se quiser, acrescente o suco de um limão. E deixe engrossar, mas atenção ao ponto.

É importante cuidar para não deixar passar o ponto de tirar do fogo. Minha mãe sempre reclama que as geleias de jabu que faz ficam muito duras. O ponto certo para que a geleia fique fina é quando, tirando com a colher, aquele suco não escorra tão facilmente. Dá um pingo grosso, quase que não pinga.


É esse o momento de desligar, colocar nos potes e deixar esfriar.

Olha ai que maravilha de cor! E sabendo que tudo isso, além de saborosíssima, está cheia de vitaminas, sais minerais e fibras ainda faz bem ao coração. Esperto é o jabuti!

Ah, eu nem te conto, eu guardo geleias de jabuticaba para o ano inteiro, mesmo fora da geladeira !




sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Geleia de jabuticabas


.. huummm.. jabuticabas!
Hoje ganhei um saco de jabuticabas da Rita da Glória, colega de trabalho, que ganhou do namorado umas jabus de um pé que ainda não tinha produzido nada ... Ela aconselhou a ele a regar a jabuticabeira diariamente. A danada respondeu com as pretinhas. Que delícia!
Claro, fui imediatamente pra beira do tacho fazer geleias.
E não é que a quantidade deu pra fazer bolos de jabuticabas também...
olha ai...

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próximo post vem a receita completa!!! Fique ligado!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A jabuticaba


Recentemente, pesquisando corantes para a indústria alimentícia, Daniela Brotto Terci, da Unicamp, descobriu que a jabuticaba, é riquíssima em antocianina, a substância que colore de forma ímpar a frutinha. Essa substância é um dos maiores protetores das nossas artérias, evitando infartos e outros males do coração. Nesse quesito, a jabuticaba ganha longe da uva ou da amora.

A jabuticabeira - Myrcia cauliflora Berg, Myrtaceae- essa pretinha deliciosa, é brasileiríssima. Originária da mata atlântica, seu nome jabuticaba vem do tupi, (iapoti’kaba) que significa fruto de que se alimenta o jabuti, mas há outras versões para o seu nome.

Essa cor encantadora serve para atrair os pássaros, e não só eles, claro. Lá no quintal da minha tia ficamos todos assanhados; os pássaros, os micos e (não posso negar) eu. Imagina! ;-)

Além da antocianina, que está na casca, na polpa branca e suculenta pode-se encontrar ferro, fósforo, vitamina C e boas doses de niacina, uma vitamina do complexo B que facilita a digestão e ainda ajuda a eliminar toxinas.

Ao comprar jabuticabas dê preferência às graúdas, sem rachaduras ou picadas de insetos. Devem ser lavadas somente imediatamente antes de consumir, pois a fruta é muito sensível e azeda facilmente. Em geladeira conserva-se de dois a três dias, mas o melhor mesmo é chupá-las no pé.

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eu ainda volto com a jabuticaba...


quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Dia da banana

Hoje, dia 23 de setembro, é o dia da banana, que , quando foi criado, em 1949, tinha direito a feriado municipal e muita festa em Cubatão-SP, devido a sua importância para a cidade.
A banana chegou à América trazida pelos árabes como uma fruta muito valiosa, muito antes da chegada de Cabral que viu índios comendo bananas in natura. O nome banana vem da palavra banan, de origem árabe, que significa dedos.

Atualmente trasferida para o mês de março, a Festa da Banana em Cubatão voltou a ser tradição no bairro Vila Nova, com direito a shows, campanhas educativas e claro, venda e degustação da banana em várias versões: bolos, tortas, doces, secas etc. A história conta que, antes da industrialização da região e de todo o crescimento, era a banana que sustentava a economia da cidade. Em 1938, Cubatão ainda um povoado pertencente ao município de Santos, era a terceira maior região exportadora de banana pelo famoso porto brasileiro.

O dia da banana foi definido como 23 de setembro, em 1949, quando Cubatão ainda não tinha completado um ano de emacipação. Numa analogia aos Barões do Café, os produtores de banana eram chamados de Barões da Banana.

segunda-feira, 21 de setembro de 2009

A primavera

Hoje é o dia da árvore!!!
Quando setembro chega, a primavera se anuncia ... a delícia é chegar ao quintal da casa da minha avó e sentir todos os cheiros das flores e das árvores.

Semana passada, por cada pedacinho que ia entrando, um cheiro diferente me saudava: no jardim, a magnólia perfumava toda a rua; entrando no quintal, as orquídeas, que mesmo sem cheiro, enfeitavam tudo, outros cheiros iam se alternando no meu olfato.

É interessante essa época: os passarinhos se assanham, os miquinhos pulam de galho em galho, as maritacas que voam em bando, os sabiás ensaiam os primeiros cantos, as galinhas surgem com mais ninhadas de garnizés, que a minha tia diz serem galinhas só de enfeite, já que pequenos, não são nada produtivos. (com a nova ninhada já são mais de 24 garnizés- ela já perdeu a conta)

Nesse quintal também tem uma jabuticabeira, que esse ano esteve meio maluca: embora cheia, tinha pretinhas em todos os estágios, desde flor (que perfumava tudo) até algumas já meio passadas, que fazia a festa e alimentava os micos e os passarinhos.

E claro que nessa época tão alegre e convidativa, eu não fiquei parada.
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Volto te contando mais sobre a jabuticaba e mostro as delícias que fiz...


sábado, 19 de setembro de 2009

Sopa fria de morango

O morango merece um pouco mais. Andei achando mais informações nos livros que tenho em casa:

- fiquei sabendo que os romanos a usavam para aliviar todos os sintomas de dor, desde a mais simples dor de dente até gastrites severas. Essa danadinha é capaz de contribuir para a regeneração da flora intestinal.

- porque é vermelha, é rica em antioxidantes e tem o ácido elágico um fitoquímico que destói as toxinas da fumaça do cigarro e da poluição da cidade grande. Então ele é aliado principalmente dos fumantes e também para quem fica muito exposto à poluição das grandes cidades.

E para quem anda estressado, da-lhe morangos, porque sendo rico em antocianina, mantem o humor e a calma em alta.

- também é uma aliado contra o envelhecimento, porque é fonte de polifenóis, que auxilia na produção de colágenos e mantem a elasticidade da pele e previne as rugas. Pode ser usado inclusive para máscaras de beleza! Deliciosa informação, não é?

Então, já que o morango é assim tão nutritivo e saboroso, uma receita simples de uma "sopa" bem refrescante. Copiei de um livro da Nestlé, mas confesso que nunca experimentei. Ela deve ser deliciosa. Na foto, tem cara de gazpacho, uma sopa fria, de tradição espanhola feita de tomates e pepino.


Sopa fria de morangos e sorvete.

1 lata de creme de leite

1 xícara de açúcar

200 ml de iogurte

1 kg de morangos

2 xícaras de vinho branco

½ xícara (chá) de açúcar e hortelã para decorar

Começa fazendo o sorvete:batendo no liquidificador o creme de leite, o iogurte natural e açúcar. Coloca num refratário para gelar e espere por aproximadamente 4 horas, até estar na consistência de sorvete. Essa é a primeira parte.

Depois, cozinhar os morangos com o vinho e o açúcar, até que estejam macios. Quando estiver cozido, bater no liquidificador e também levar à geladeira. Na hora de servir, colocar a "sopa", uma ou duas bolas de sorvete e decorar com hortelã. Como sobremesa, deve ser uma delícia mesmo.

Se você não quer fazer o sorvete, compre-o pronto e faça somente a sopa de morango, que é facílima, não é?

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Notícia surpresa



O site de Cyber Cook, ligado ao Portal Terra, aprovou e indica esse blog para a recém-criada sessão chamada Aqui tem Comida da Boa, onde a equipe vai regularmente fazer a indicação de blogs que tratam sobre culinária e que tenham a qualidade necessária para que possa indicá-los aos visitantes internautas.

O objetivo principal do Cyber Cook é divulgar a culinária de boa qualidade para todos na web.

Por isso, a partir de agora, o Quitandas de Minas, honrosamente, carrega o selo do Cyber Cook dividindo-o com você, com muito gosto e prazer!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Mousse de Morango

O Morango é uma pseudofruta pra lá de sedutora. É ótima em sucos e combina muito bem com cremes, sorvetes. Achei essa receita num caderno antigo da minha tia e deixo aqui para você.




Na Bahia, ou até mesmo no norte de Minas, encontro fácil a farinha de tapioca, mas em Congonhas, na minha infância, acho que não tinha não. Pode ser que essa receita tenha sido passada por um namorado cearense da minha tia, pode ser... Sei que só de pensar, já dá pra perceber que é uma sobremesa deliciosa. Se você fizer, me avise.



A tapioca é uma iguaria tipicamente brasileira, desenvolvida pelos primeiros habitantes desse nosso Brasil varonil, delícia feita a partir do amido ou fécula da mandioca. A Tapioca é prima irmã-gêmea do polvilho doce.

Segue a receita:

Mousse de Morango (com farinha de tapioca)


2 xícaras de leite desnatado
1 xícara de farinha de tapioca
1/4 xícara de açúcar cristal
2 gemas
1/2 colher (chá) de essência de baunilha
2 claras em neve
100g de morangos picados

Misturar numa panela o leite, a farinha de tapioca e o açúcar. Deixar descansar um pouco. Juntar as gemas e levar ao fogo até levantar fervura, mexendo sempre. Quando tiver engrossado um pouco, adicionar a baunilha. Separadamente bater as claras até ficarem firme. Misturar ao creme ainda quente. Num pirex, fazer camadas de creme e de morango, alternado. Reserve alguns morangos para enfeitar. A última camada deve ser de tapioca, enfeitado com os morangos reservados.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Um pouco mais sobre o Morango



Morango

A palavra morango deriva do latim e quer dizer amora e a fruta, vermelha e saborosa, é rica em vitamina C, A, B, B2, C, além de sais minerais, principalmente potássio, ferro e cálcio, possui também, em menor quantidade, vitamina B5 (Niacina) e Ferro.
Na medicina o consumo do morango é recomendado como auxiliar do tratamento da gota e reumatismo; é um bom remédio para os males dos rins; sua folha em forma de chá purifica o sangue, fortalece e alcaliniza o sistema nervoso, além de ser excelente diurético; colabora na resistência dos ossos, na formação dos dentes, dá resistência aos tecidos; ajuda a cicatrizar ferimentos; evita hemorragias e atua eficazmente contra infecções . Por possuir muitas fibras pode prevenir diversos tipos de câncer.
Natural de clima ameno, uma plantação de morangos não suporta temperaturas elevadas, mas pode ser cultivado no cerrado. Sua origem é pouco conhecida. Alguns registros datam do século XIV, quando era encontrado nas montanhas européias.

A partir do século XV começou a ser cultivado por franceses, alemães, italianos e ingleses. Depois os primeiros pesquisadores começaram a desenvolver cruzamentos, melhorando as variedades. No Brasil, seu cultivo alastrou pelo interior de Minas Gerais, pelas serras paulistas, catarinenses e gaúchas.

É delicioso in natura, mas doces, sorvetes, sobremesas e geleias de morango são deveras apreciados.

Deixo aqui a receita da geleia de morango que está na seção dos doces do Quitandas de Minas, mas volto trazendo outras informações sobre essa delícia.



Geleia de morango


2 kg de morangos lavados e sem cabinhos
3 xícaras de açúcar


Lavar bem os morangos. Em uma panela, colocar o morango e o açúcar em fogo alto e deixar ferver. Abaixar o fogo e cozinhar até obter o ponto de geleia. Retirar a espuma. Desligar o fogo. Esperar esfriar um pouco e colocar em vidros esterilizados.
 

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volto com mais delícias de morango no próximo post.



segunda-feira, 7 de setembro de 2009

O morango

Como estamos em plena safra do morango (que vai de julho a novembro), vou me dedicar aqui a essa delícia refrescante e também bastante nutritiva. Antes conto algumas histórias:

Na minha memória de criança o morango chegou de kombi, pelas mãos do Zé, um japonês, que ficou amigo das minhas tias e frequentava a casa da minha avó. Ele cultivava flores e morangos na cidade de Carandaí, que fica aos pés da Serra da Mantiqueira. Ia a Congonhas vendê-los e assim ficou amigo da família.

Lembro de ter ido, com as tias, na sua kombi, visitar as plantações do morango: canteiros compridos com as plantinhas rasteiras, a fruta rara, diferente, carecia de muitos cuidados. Cada canteiro era coberto por um plástico grande, preto, que protegia as plantas da chuva, das geadas e principalmente da luz solar. Era preciso colocar de pé em pé a serragem de madeira. Os frutos nasciam brancos, rasteiros e pendentes, escondidos debaixo das ramas e não podiam encostar na terra, senão apodreciam.

Com essa amizade, que acho que era uma paquera com alguma das tias, a horta de couve da casa da minha avó ganhou um canteiro inteiro da frutinha. Eu cuidava colocando serragem, e todo dia olhava como estava a produção. Fizemos algumas geleias, comíamos com um pouco de açúcar e creme de leite. Mas poucos anos durou essa produção caseira de morangos. O Zé Japonês, que achávamos que queria se casar com uma brasileira, acabou casando mesmo com uma japonesa e seguiu criando filhos e com sua produção de flores e morangos. Parou de aparecer em sua kombi e nunca mais o vi.

Depois que a produção de morangos se popularizou e atingiu alta escala. Por causa dos constantes boatos do uso excessivo de agrotóxicos na produção, deixei de consumí-los. Com a volta a produção orgânica ou tendo certeza de sua origem, aprecio muito essa nutritiva fruta.

Merece atenção quem tem crianças pequenas: Se não tem certificação ou não se sabe onde e como foram produzidos, os morangos não devem ser dados às crianças, nem seus derivados, principalmente seus sucos industrializados.

Voltei a comer morangos em Diamantina. Como estou por lá nos os meses de julho, sempre encontro mulheres na praça da matriz vendendo as frutinhas. Descobri existe uma grande produção por aquelas bandas, principalmente na cidade de Datas, que fica ali bem perto. Da estrada, entre chapadões de pedras, se nota grandes estufas cobertas de plásticos brancos. Essa produção abastece os mercados de Belo Horizonte, Montes Claros e Governador Valadares e por ali foi introduzida por produtores do Sul de Minas.

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no próximo post, deixo receitas com morangos.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

O Pão de Queijo da Roça

Você já sabe que moro em Belo Horizonte, num apartamento que não me permite muitas estrepulias na cozinha, e quando quero mexer tachos, vou pro interior. Pois, não faz muito tempo, coisa de umas três semanas, andando pela cidade, percebi que uma portinha interessante se abria bem ali na esquina: Pão de Queijo da Roça.


Antes que eu experimentasse a novidade, já tinha ouvido falar no rádio. Então fui lá conhecer o "seu" Mário mas, principalmente a novidade que ele trazia. Pelo jeito, tem a cara do Quitandas de Minas, receitas de família e histórias, porque ele resgatou a receita do pão de queijo, do velho caderno da avó, que nessa altura dos acontecimentos deve andar nos tricots e prosas com a Dinha Lete e a Vovó Naná, talvez até com a Vovó Ernestina, que eu nem conheci. D. Genoveva, a avó do Mário foi quem deixou a receita, que ele me jurou, nem leva polvilho. A receita ? Eu nem pedi. Imagina! Só sei que esse Pão de Queijo da Roça é realmente imbatível.

Nos aproximadamente 15 minutos que fiquei por lá, umas 20 pessoas passaram, e comeram, não um pão de queijo, mas uns tantos. Alguns já são fregueses de longa data (não tem um mês que essa porta está aberta) e já chegam pedindo 15, 20 pães de queijo, que são servidos quentinhos, brancos ou morenos, conforme o gosto do freguês e, se você come lá mesmo, pode acompanhar por um cafezinho, que é por conta da casa.

A portinha d'O Pão de Queijo da Roça fica à Rua dos Guajajaras, 680 –quase esquina da Rua Rio de Janeiro em BH.

Bão dimais da conta! E ainda tem congelado, pra gente assar em casa, se quiser.