domingo, 21 de junho de 2009

junho: tempo de festas e quitandas, hummm

A tradição de festas juninas vem de muito tempo. Na Antiguidade cultuavam a deusa Juno, mulher de Júpiter, da mitologia romana, cujos festejos eram denominados junônias. Daí o atual nome festas juninas. No hemisfério norte junho marca o fim da primavera e a chegada do verão. O dia 21 -Solstício de Verão- é o dia mais longo do ano.
Celtas, bascos, egípcios e sumérios, faziam rituais de invocação da fertilidade para estimular o crescimento da vegetação, prover a fartura nas colheitas e trazer chuvas. Nessas festas, ofereciam-se comidas, bebidas e animais aos vários deuses. As pessoas dançavam e faziam fogueiras para espantar os maus espíritos.

A Igreja Católica se apropriou dos costumes antigos e os adaptou conforme o calendário suas crenças e seus santos: Santo Antônio dia 13 , São João dia 24, São Pedro e São Paulo dia 29.

No Brasil, os jesuítas portugueses trouxeram as festas, mas curiosamente aqui os índios já realizavam rituais de canto, dança e comida relacionados à agricultura. E o quê se produzia aqui? - mandioca, inhame, batata-doce, cará, abóbora, abacaxi. Também era época da colheita do milho, do feijão e do amendoim. Tudo que a gente usa até hoje nas festas juninas... Êba!

Então, depois de tanta explanação, mais uma receita de Pé de moleque, essa copiada do caderno de receitas da Dinha Lete e tida pela família como original, porque sem leite condensado, que na época dela, menina de fazenda, nem existia. E claro, essa receita também está no livro Quitandas de Minas, receitas de família e histórias.


Pé de moleque


2 rapaduras
1 kg de amendoim inteiro, torrado e sem casca

Modo de fazer:

Colocar num tacho de cobre as rapaduras picadas com um pouco de água e deixar até derreter. Ferver até o ponto de bala. Para tirar o ponto, pingar um pouco da calda em um pires com água fria. Procure juntar a calda com os dedos. Se você conseguir ajuntar a bala com os dedos, formando uma bala mole, está no ponto. Ai, é só colocar o amendoim e bater bastante até clarear um pouco. Espalhar pouca farinha de mandioca na pedra umedecida. Virar o doce espalhando-o. Cortar antes de esfriar. E... hummm, ai é só comer...

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