domingo, 27 de dezembro de 2009

Biscoitos de nata

A receita desse biscoito de nata também está no Quitandas de Minas, receitas de família e histórias e tem a facilidade de poder substituir a nata pelo creme de leite, que você encontra facilmente em qualquer quitanda (lembrando a outra concepção do termo, claro) supermercado, vendinha, armazém ...

A foto é do Pacelli Ribeiro.

1 xícara de nata (ou creme de leite sem soro)
1 xícara de açúcar
1 colher (sopa) de manteiga
4 xícaras de polvilho doce
1 ovo
1 pitada de sal

E fazer é facílimo: Misturar tudo muito bem, fazer bolinhas, achatando-as, com um garfo. Colocar num tabuleiro untado, e levar para assar em forno médio. Depois é só comer... Bom para acompanhar um café feito na hora... hum... com esse tempo chuvoso...

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Doce de figo na minha mãe

Atualmente, chega dezembro, minha mãe trata de arrumar, pela vizinhança, figos para fazer doce. No tempo em que eu trabalhava no cartório, havia uma figueira lá em casa que produzia muito.
Então ela tratava sempre de preparar os doces: levava dias, porque ia fazendo aos poucos. Pedia papai para apanhar - a figueira crescia em cima do telhado da garagem - Depois tinha o processo de limpar, fazer a calda, deixar cozinhar...

Depois ela preparava compoteira e vidros esterelizados e levava de presente para os juízes e promotores que serviram em Congonhas.

Até hoje o Dr. Sálvio de Figueiredo Teixeira, ministro do Superior Tribunal de Justiça e grande amigo da minha mãe, ainda ganha uns potes, especialmente preparados. E ele diz que é o néctar dos deuses. Talvez seja exagero dele, mas que esse doce é inesquecível, não há dúvidas.


Minha mãe faz tudo sem medidas, porque depende da quantidade de figos que ela tem, mas não há dúvida: é uma dádiva.

Os ingredientes são só o figo verde, o açúcar e água.

O processo é assim:

Limpar o figo com sal grosso, colocando-os aos poucos, num saco de pano ou plástico (desses de açúcar ou arroz) esfregando-os um a um. Tirar os figos do saco, fazer um corte raso no umbigo (esse corte é só para facilitar a entrada da calda no figo durante o cozimento) e jogá-los numa bacia com água. No caso de mancha mais forte, rapar com uma faca cuidadosamente. Colocar num tacho de cobre, coberto com um pano e levar
para cozinhar. Deixar um pouco, num dia, tirar do fogo e reservar.
Na manhã do outro dia, trocar a água e terminar de cozinhar (até ficar macio, porém, sem quebrar). Fazer uma calda rala, colocar os figos e deixar ferver por um tempo. Tirar do fogo, cobrir e, no outro dia, levar novamente ao fogo. Não deixar a calda engrossar, acrescentando um pouco de água ou mesmo calda, se necessário. Cozinhar até os figos ficarem brilhantes e doces.

Que seu Natal seja doce, mas sem comilança. Seja de paz e fraternidade. Curta todos intensamente!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Biscoito de Nata da Vanja


A Vanja é minha amiga de Ouro Preto já faz um tempão. Enquanto fazia seu doutorado na UFMG passou uns tempos meio que morando na minha casa. Vinha uns dias na semana, dormia aqui, voltava pra Ouro Preto: trabalhava na UFOP e ainda dava conta da casa, dos filhos e do marido. A considero uma figura especial, super batalhadora.

Naquela época, eu acabara de lançar o Em busca de Cerejas, nas trilhas de Santiago de Compostela. A gente conversava muito e ela insistia para eu escrever um outro livro. Seria um romance bastante feminino, muito cômico, pelas características dos personagens envolvidos e das cenas propriamente ditas - esse nunca saiu, apesar de ter muito material guardado. Não sei se vai sair, mas pode ser. Sempre que a gente encontra, a Vanja me pede pra ler os rascunhos...


Meu segundo livro acabou virando o Quitandas de Minas, receitas de família e história, que deu origem a esse blog. E a Vanja fez questão de participar me emprestando vários de seus livros e cadernos de receitas. Esse biscoito de nata estava em um desses cadernos e é bem simples de fazer.

Biscoito de nata, da Vanja

800 g de maisena
1 lata de leite condensado
1 copo de nata
1 colher (sopa) de fermento em pó
2 ou 3 ovos
Para fazer é bem simples:
Misturar todos os ingredientes, cuidadando de colocar a maisena aos poucos até o ponto de enrolar. Enrolados, colocar num tabuleiro untado e levar para assar em forno moderado. A recomendação é que não deve deixar corar.
Valeu Vanja!!


--------------------------------

domingo, 13 de dezembro de 2009

Do leite à nata

Então... desde sempre, o leite é o primeiro alimento dos mamíferos. É interessante observar a variedade e as possibilidades gastronômicas a partir desse versátil alimento. Usado de três maneiras diferentes: como bebida pronta, como matéria-prima de outras iguarias e como ingrediente de inúmeras outras preparações, na culinária mineira, o leite fez e faz história.

Ao longo dos tempos, a busca para conservação e aproveitamento do leite fez surgir inúmeros produtos que se estabeleceram como categorias próprias: a coalhada, a manteiga, queijo, o iogurte.

O primeiro método de conservação do leite foi a acidificação, que deu origem à conhecida coalhada, precursora dos iogurtes. Mais tarde, vieram os cremes e a manteiga. Em seguida, a produção do leite concentrado e do leite condensado.

A manteiga nada mais é do que a gordura que se forma à superfície do leite obtido pela separação mecânica da nata do leite. No leite fresco em repouso, a porção gorda, mais leve que a água, forma uma camada de nata à superfície, o que equivale a 30% da gordura do leite. Da nata faz-se também o creme chantilli, misturando açúcar e batendo bastante.

Industrialmente a nata é extraída por centrifugação e depois tratada termicamente para se conservar mais tempo. Rica em proteínas e gorduras, a nata separada preserva alguns nutrientes do leite, como cálcio e vitaminas A e D, fundamentais na formação dos ossos, transporte de oxigênio no sangue e até na cicatrização, além de sais minerais. .
----------------------

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Broinha de Nata


Depois do creme de cenoura... lembrei que creme vem de leite, do leite se faz queijo, manteiga, iogurte... e posso dizer que lá em casa ainda é assim:

De vez em quando, compram leite direto do produtor, que entrega na porta. É sempre de gente conhecida, que moram por ali perto, têm umas 6 vaquinhas no máximo; gente que faz um queijinho esperto e quando sobra leite, leva pra cidade de camionhete, nuns "latões de plástico".

Quando eu era criança era desse jeito mesmo, só que vinham de porta em porta a cavalo, ou com um jeguinho manso, as latas - latas mesmo- penduradas lado a lado. Tempos mudaram, hoje vêm motorizados, mas o leite parece igual. É aquele saído direto da vaca, gordo, cheio de nata, nada de formal (ai ai ai ), nada de leite de caixinha.

Quando ajunta um tanto de nata, tia Imene faz umas broinhas de nata, que são deliciosas e muito fáceis de fazer. Essa receita ela ganhou da amiga Meire, faz tempos, e no Quitandas de Minas, ela fez questão que eu colocasse que a receita é da Meire. Na verdade é mesmo, mas a tia Imene faz super bem, pra acompanhar um café feito na hora é delicioso. Segue a receita:


Broinha de nata

1 xícara de nata

1 colher (sopa) de manteiga

7 colheres (sopa) de açúcar

1 colher (sopa) de fermento em pó

1 ovo

1 pitada de sal

14 colheres (sopa) de farinha de trigo.

E fazer é fácil, fácil: Misturar tudo e enrolar como pãezinhos. Assar em tabuleiro untado, em forno médio, até dourar. Depois, guarde umas pra mim, pr'eu saber que você fez direitinho, tá.

-------------------

ah, eu volto falando mais de leites, natas e queijo


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Creme de cenouras

A cenoura é uma hortaliça da família Apiaceae, do grupo das raízes tuberosas, originária do Afeganistão e, se alastrou fácil pela Europa e Ásia. Apresenta uma textura macia e paladar agradável. Podemos comê-la crua, ao natural ou como parte de saladas. Pode ser processada (mini-cenouras, picles, cubos, ralada, em rodelas) ou aproveitada na forma de seleta de legumes, alimentos infantis, sopas, sucos, bolos, cremes, purês, suflês, doces, assada, refogada, como a imaginação do cozinheiro permitir.

A parte folhosa quase nunca é comida, mas é sim comestível e muito saudável.


A safra da cenoura é longa: de julho a janeiro e ela é tão nutritiva que se recomenda que faça parte do cardápio, pelo menos três vezes por semana.

Na hora da compra, devem-se escolher cenouras lisas, firmes, com cor uniforme e sem irregularidades ou rugas. “Dona” cenoura se conserva por longo tempo e, em geladeira, pode permanecer em boas condições por 1 a 2 semanas, se guardada sem as folhas.

Recomenda-se não descascar as cenouras na hora do preparo. Basta raspar, ou passar uma escovinha com força. No cozimento, é preferível deixá-la crocante, para que ela não perca o sabor e os nutrientes.Uma recomendação dos nutricionistas é que em sucos, de evitar prepará-la com frutas cítricas (laranja, limão e tangerina) porque o ácido dessas frutas, destrói a vitamina A da cenoura.

Creme de Cenoura


1 xícara de cenouras cozidas
1/2 de xícara de creme de leite sem soro
2 xícaras de caldo de carne
1 colher (chá) de manteiga
1/4 de xícara de cheiro verde
1 colher (café) de noz-moscada
1 dente de alho.

Cozinhe e amasse as cenouras. Numa panela, doure o alho na manteiga. Junte o caldo de carne (ou legumes) e misture as cenouras e a noz-moscada. Deixe ferver um pouquinho. Quando ferver, desligue o fogo, acrescente o creme de leite, e salpique com o cheiro verde, misturando bem. Salpique queijo ralado e sirva acompanhando arroz branco.