sábado, 20 de março de 2010

Maçã do amor - 1



... hum, falando de maçã lembrei que, há muitos e muitos anos, fui seduzida por um violeiro. Coisa de feitiçaria, me disse alguém, já que estávamos em São Romão, "terra da feitiçaria", à beira do Rio São Francisco. Lembro que era lua cheia, e tinha circo, encantamentos, rio, maçã e tinha também pipoca. Tudo muito mágico.

Foi mais ou menos assim:













"Não sei direito de onde ele veio, como apareceu ali, entre a gente. Só sei que foi em São Romão, onde a gente descobriu o circo, bem logo de manhãzinha.

À noite, nem sei de onde ele saiu, só sei que ele me puxou, atrás da lona do circo e me deu um beijo. Um beijo melado. Um beijo molhado, que eu achei meio esquisito e nem senti direito. Nunca tinha ouvido falar daquele homem, nem nunca tinha visto ele cantar. O moço do circo é que disse, que ia ter um show. Um show espetacular, com toda a tripulação do vapor. Eu fiz maçã do amor. E até um cachorrinho pulguento, desses bem feiozinhos veio beber a água do balde onde eu fazia as maçãs do amor, mais a Graça e a Lili, enquanto o circo enchia de gente e a mulher do palhaço fazia pipoca. E ele lá, aquele homem que eu nunca tinha ouvido falar...


... podexá, nem precisa perguntar. Eu volto com a receita da maçã do amor, que aprendi a fazer, no meio de todo aquele encantamento.


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