quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Geleia de uva


Lá em casa sempre teve uma parreira de uvas, que eu nunca soube de qual variedade era. A parreira subia pelo telhado da garagem e as uvas eram meio azedas. A gente comia in natura, depois do almoço, ou a qualquer hora, mas sem muita paixão.

O que a gente gostava mesmo era, naquela época, de comprar uvas vindas do Sul, embaladas em caixas de 2 ou 5 quilos chegavam trazidas em grandes caminhões.

Os caminhoneiros anunciavam o produto pelo microfone: “uva, uva, graúdas e doces, novinhas diretas do sul, preço de ocasião”.

Essas eram mesmo doces, e variava de formato, textura, sabor. Cada carregamento trazia uma variedade diferente. O preço era mesmo bom e as vezes a gente comprava demais, então aproveitava para fazer geleia.

Essa receita também está no Quitandas de Minas, à página 156 e leva vinho do Porto.

Geleia de uva

2 kg de uvas pretas

2 xícaras de água

1 cálice de vinho do porto

Açúcar


Modo de fazer:

Colocar as uvas lavadas e ligeiramente amassadas numa panela com água. Deixar cozinhar em fogo brando até os caroços soltarem. Passar numa peneira e medir a massa. Para cada medida de massa colocar a mesma medida de açúcar. Acrescentar o vinho do Porto. Levar novamente em fogo brando em panela destampada, até dar a consistência de geleia. Colocar em vidro esterilizado. Guardar em local fresco e escuro.


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Sorvete de uva


Com esse calor, e aproveitando a safra, quando os alimentos estão de melhor qualidade e mais baratos, deixo aqui uma receita saborosa e refrescante à base de uva niágara, uma espécie produzida basicamente no estado de São Paulo e nos estados da região Sul. A uva niágara possui mais fibras que as demais e ainda em maior concentração nas cascas e sementes, um nutriente chamado resveratrol, que ajuda a evitar tumores. Boa, né?


Sorvete de Uva


1/2 kg de uva niágara rosada madura
1 xícara de água

9 colheres (sopa) de açúcar
2 claras


Lavar as uvas e juntamente com a água, levar para ferver por uns 15 minutos. Retirar do fogo, passar numa peneira, retirando o caldo.


Misturar metade do açúcar e reservar. Bater as claras em neve e acrescentar a outra metade do açúcar. Ajuntar as duas misturas e bater bastante. Levar ao congelador por umas 4 horas. Retirar depois desse tempo e bater outra vez, para que fique bem cremoso. Servir e se deliciar.

sábado, 15 de janeiro de 2011

mangada

Das mangas verdes que sai aproveitando por ai, fiz duas tachadas de doce e distribui com algumas amigas. Mas eram tantas que ficou ainda uma gamela cheia de frutas meio verdes, meio já amadurecendo.

Então, fui de novo descascar cada uma, limpar o tacho e botar pra ferver. Antes, fiz a calda, que me deu um pouco de trabalho porque o açúcar estava bem sujo.



Sabe como se limpa o açúcar?

Vou ensinar: pega um tanto de açúcar e coloca no tacho, mistura com as mãos, meia clara de ovo e depois coloca pra ferver, com água, claro. Enquanto ferve, vai subindo uma espuma. Deixe ferver bastante. Essa espuma vai ficando com a sujeira do açúcar e a calda vai clareando, se precisar, pode ir colocando mais água, para a calda não ficar muito grossa.


Feito isso, coloquei as mangas e deixei cozinhar, fazendo primeiro a compota com pedaços de manga, como havia feito anteriormente. Mas ai, resolvi inovar: depois de já cozidos os pedaços e já dado por pronto, resolvi passar um mix triturador e fazer o doce em pasta, de colher ou de cortar . Enquanto fazia, fotografei e fiz uma enquete no facebook, para ver se deixava o doce "de colher" ou "de cortar". A turma disse que preferia "de colher". Então, deixei o doce secar um pouco e pronto. Deu pra 4 potes de
200ml. Olha ai na foto de baixo.

(Ainda vou rapar o tacho) As luvas foram presentes da Ceumar, que trouxe
especialmente de Amsterdam, para pegar panelas quentes, tachos, tabuleiros e não queimar a mão. Uma lindeza!

A Ceumar, que canta "jabuticaba madura" quando aparece por aqui, quer mesmo é pé de moleque da minha mãe. Se você não conhece a Ceumar é só clicar para ouvir.

Bom, esse doce ainda não sei pra onde vai, mas te garanto que ficou muito bom!
E a receita do pé de moleque da minha mãe, já tem aqui nesse blog, é só você procurar também.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A uva

É época de uva, o fruto da videira, uma das plantas frutíferas mais conhecidas desde o período Neolítico. Há registro de cultivo da uva na região do Egito e Ásia Menor. Seu nome científico é Vitis vinifera L. e sua família botânica é a Vitaceae.

No Brasil, o cultivo da uva começou logo após o descobrimento pelos colonizadores portugueses que trouxeram mudas para a região São Vicente, em São Paulo. Depois, com a imigração italiana, novas espécies foram trazidas e cultivadas em regiões de clima aproximado das suas origens, principalmente na região sul. Mais tarde, verificou-se que elas poderiam ser cultivadas sobre altas temperaturas e condições do semi-árido brasileiro no Nordeste. Assim, surgiu a uva tropical de alta qualidade, saudável e extremamente doce.

As uvas são altamente energéticas. Possuem considerável teor de glicose e frutose, vitaminas, sais minerais, vitamina C e do complexo B e ácidos orgânicos e substâncias que ajudam a reduzir a pressão sanguínea, além de possuir compostos antioxidantes e anticancerígenos. O suco da fruta também combate a acidez sanguínea, auxilia a digestão e possui capacidade desintoxicante, além de combater o envelhecimento, proporcionando grande benefício à saúde.

Podem ser consumidas in natura ou como sobremesa podendo ser utilizadas no preparo de doces, geléias, bolos, sorvetes, em saladas etc e claro como matéria prima essencial para o vinho. Mas isso já e assunto pra outra prosa.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Doce de manga verde

Virada de ano, a gente fica mais tempo em casa, curtindo família, casa, sítio, chuva, ajudando nos doces e nas receitas para as festas de final de ano, porque sempre vale celebrar a chegada de um Ano Novo para renovar as forças e esperanças. Minha mãe chegou do sítio aborrecida: a mangueira que ela plantou deu tanta manga que o galho não aguentou e quebrou. As mangas enormes, já prontas para amadurecer. Manga palmer, sem fibra, maravilhosas.

Não titubeei, peguei tudo, levei pra casa da Tia Mene e mãos à obra: doce de manga verde. Nunca tinha visto, mas não haveria novidade.

Lavei as mangas uma a uma, lavei os dois tachos com limão, vinagre e sal, para tirar todo "zinabre". Descasquei cada manga e fomos inventando os doces.

Primeiro colocamos as mangas, em pedaços para ferver. Ai resolvemos passar no liquidificador com um pouco de água.


Enquanto isso fizemos a calda: um pouco de água e açúcar. Depois misturamos a manga batida e a calda e deixamos fervar até ficar com textura de doce:
doce em pasta, verde, liso, muito fino. Coloquei um pauzinho de canela também, só pra dar um gosto. Não pergunte as medidas, fomos fazendo e provando. Esse ficou até com pouco açúcar, um sabor bem especial.


Com outro tanto de manga, resolvemos fazer o doce em talhas, como doce de mamão.

Nesse, começamos fazendo a calda e depois ajuntamos os pedaços da manga. Deixamos cozinhar até ficar macio e depois de pronto colocamos em pote de vidro esterilizado.

Levamos para o almoço de primeiro de janeiro, que minha mãe faz todo ano no sítio, faça sol ou chuva e, como ela faz questão, reúne toda a família, para agradecer o ano que se foi e celebrar o ano que chega.

Éramos mais de 70 pessoas: os irmãos dela, com respectivas esposas
ou maridos e filhos e os irmãos do meu pai, igualmente com esposas, maridos e filhos. Somam também alguns primos, além de netos e até bisnetos, de um lado ou de outro, para completar a harmonia.

Foi uma super recepção ao 2011, que chega com promessas e esperanças renovadas!


Ah, o doce de manga verde fez o maior sucesso, porque destoava um pouco dos pavês com creme de leite e leite condensado mais populares nessas ocasiões.

E ainda sobrou manga, como você pode ver na última foto. A ideia é ver se ficam "de vez" e testar uma outra textura de doce, com ela meio amadurecida. Vamos ver!

Depois de feito esse doce, e aprovado por todos, fiz um outro com manga coquinho e ubá. Ficou bom, mas não ficou tão maravilhoso quanto esse por dois motivos: fibras das mangas em questão e porque não estavam tão verdes como essas. Por outro lado, já ouvi opinião que o bom é sentir a fibra da manga. Diante disso, espero a sua opinião!